quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Cantareira, é você?

Agora que São Pedro resolveu dar uma trégua é hora de voltar a rodar com o Jarvis. E a imobilidade lhe custou uma grossa camada de poeira, algo relativamente fácil de se obter quando se mora defronte a praia (sem contar a maresia).
De cara o Jarvis já foi escalado pra ir até Cubatão levar minha namorada até a casa da mãe. Até aí nada de mais. O susto foi na hora de colocar o capacete dela de volta sob o banco:


Apresento-lhes o reservatório do líquido de arrefecimento. Sim, quase que totalmente seco. Na hora me bateu o desespero, teria que rodar 20 km de volta pra Santos com esse "fim de feira" que aparece na foto.
Vim conduzindo o Jarvis como uma pluma, morrendo de medo de acontecer algo mais grave. O pior que na volta ainda tive de enfrentar o trânsito congestionado (e uma pancada de chuva) por causa de uma manifestação de estudantes. Felizmente, tudo correu bem. Alguém lá em cima gosta de mim e do Jarvis.

A primeira coisa que me veio a cabeça foi vazamento. Não me entrava na cabeça que um scooter de 1371 km rodados pudesse beber o líquido de arrefecimento mais rápido que eu bebo uma Germania 55. Uma pesquisa na internet e apareceu uma possibilidade: vazamentos. Choveram links de donos de PCX 150 reclamando disso, gente com 500 km rodados e o reservatório mais seco que o Cantareira.
Bora procurar o bendito líquido. Na Sanmell, onde comprei o Jarvis, o frasco de 1 litro (medida única) custava R$ 43,00 mas não tinha em estoque. Fui até a Santos Moto Center, achei o bendito frasco mas com um preço BEM mais salgado: R$ 61,00. Fazer o que, né?

Aproveitei e comprei um mimo pro Jarvis que vai render outro assunto mais adiante, nessa mesma postagem.
Fluido em mãos, vamos ao que interessa. Interessa que pra um scooter cujo preço bate na casa dos R$ 10.000,00 o reservatório deixa muito a desejar. Não pela aparência mas pela tampinha safada de encaixe, coisa de porta-sabão de rodoviária, bem vagabunda mesmo:


Não vou nem mencionar (mentira, vou sim!) a "facilidade" que é pra completar o fluido num reservatório cujo bocal fica quase enterrado no nicho e a tampinha pendurada atrapalhando... uma imagem vale mais que mil palavras digitadas:



Enfim, obstáculos superados, alguns mililitros desperdiçados tentando encaixar o "beijo" das duas "bocas" e enfim o fluido foi completado. Na Santos Moto Center me indicaram não completar o nível até o máximo, visto que o fluido ferve a expande, e verificar o nível toda semana. Até agora, passadas duas semanas do fato, o scooter vem se comportando bem nesse quesito. Continuaremos de olho.


-*-*-

Lembra do mimo que falei mais acima? Aqui está ele - ou melhor, ela:


Não, não é um sabre de luz. É uma antena corta-fio da Jojafer, marca que eu já usava nas minhas outras motos. Minha namorada já havia cantado a letra: com o verão, além da temperatura, aumenta também o número de inconsequentes que mete cerol nas linhas de pipa. Os mais "sofisticados" já apelam logo pra limalha de ferro. Dá vontade de pegar uma besta dessas e passar o cerol (ou a limalha) naquela cavidade onde o sol não bate, com pipa e tudo. Quero ver eles "aparando a rabiola" depois.

Aí começou o segundo perrengue do fim de semana...
O retrovisor do PCX é preso pelo sistema porca-contraporca. E não houve Cristo que fizesse o "casamento" dessas duas ser anulado. Tentei de tudo um pouco e nada. Conclusão? Ao colocar a antena a rosca chegava ao fim do curso antes do desejado... mais ou menos assim:


Legal, né?

Bom, isso foi numa quarta-feira e eu já havia desistido. Tava quase levando na concessionária onde comprei a antena pra eles instalarem mas resolvi dar mais uma chance a mim mesmo. Era a minha honra que estava em jogo!
Bate cabeça daqui, faz força dali e nada. Foi aí que me lembrei disto aqui:


Um jogo de arruelas que ganhei de brinde há uns dois anos atrás, quando comprei minha furadeira. Fucei as gavetas até achar e corri pra garagem.
Abri o pacote, experimentei uma e, confesso, fiquei impressionado como couberam certinho. Sério, parecia que tinham sido feitas pelo mesmo fabricante e já com essa função em mente. As fotos tão aí pra comprovar:



Experimentei com uma e ficou quase bom, não dava aperto suficiente. Coloquei mais uma por baixo e, aí sim, a conta fechou. Agora o Jarvis é um scooter antenado!




A felicidade pelo RTI (Recurso Técnico Improvisado) foi tamanha que saí cantando a musiquinha do MacGyver na garagem. Minha filha, que estava junto, começou a dançar e o porteiro olhando pra gente com cara de "onde foi mesmo que eu coloquei o telefone do hospício, meu Deus?"...




terça-feira, 1 de dezembro de 2015

O Ébrio

No último mês o Jarvis rodou até que pouco... São Pedro caprichou na chuva e, como já disse na última postagem, só ando de moto na chuva se não tiver escolha (tipo, ser pego no meio do caminho por ela), podendo optar ele fica na garagem mesmo.

Mesmo rodando pouco (estimo uma média de uns 100 km) o consumo deu uma aumentada significativa. A calculadora não mente: 28 km/litro, bem abaixo dos 32 que registrava no começo.
Providências já foram tomadas: calibragem correta (aliás, estou usando a receita que comentei na postagem anterior) e um tanque de gasolina Podium. Agora é rodar e aguardar os próximos capítulos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Calibragem

Uma questão que sempre dei atenção e muita gente neglicencia é pneus... quanto mais bem calibrados, melhor.

Em todas as motos que tive sempre segui as instruções de calibragem do fabricante, sem exceção. Não curto essa papo de "coloca tantas libras a menos pra não pular tanto na buraqueira." O veículo vai pular de qualquer jeito, independente da calibragem, então isso é papo furado. Coloca o valor certo e pronto!
Porém, no Jarvis, eu ando pensando em "burlar" essa fórmula. Explico...

O manual diz que os pneus do PCX devem seguir a seguinte calibragem: 29 psi no dianteiro, 33 psi no traseiro só com o piloto. Com passageiro, 36 psi. Aí que mora o problema: eu, sozinho, peso quase 140 kg. Como a capacidade de carga do PCX é de 180 kg, isso significa que eu respondo por quase, digamos, 70% desse limite. Ou seja, eu sou praticamente dois em cima dele.

Resolvi, então, fazer uma experiência essa semana: colocar os 36 psi no pneu traseiro e ver o resultado. Dada a questão do peso que comentei mais acima, pode acabar sendo a opção mais correta até eu criar vergonha, atravessar a rua (literalmente falando) e me matricular na academia.


sábado, 14 de novembro de 2015

Parafusos anti-vagabundo

Chegaram hoje.

Kit de parafusos anti-furto McGard pra rodas e estepe, paguei R$ 350,00 com frete incluso. Em 48 horas chegaram aqui em casa.
O preço pode até parecer um pouco salgado, mas do jeito que andam roubando rodas aqui em Santos é um custo que compensa bastante, melhor que chegar e achar o carro montado sobre cavaletes. Ainda mais que já tive um estepe roubado no 307, então não dá pra facilitar.

A vida depois dos 1000 km e o novo integrante do Velocidade Cotidiana

A vida do Jarvis andou meio parada depois da revisão dos 1000 km. Não por causa de algum defeito, nada disso (embora a falhadinha que citei no post anterior ainda dê as caras de vez em toda hora).
Quem deixou o Jarvis de castigo foi o clima.

São Pedro fixou a meta: vai chover, sim, e se reclamar vai chover mais. Duas semaninhas consecutivas de chuva só pra encher o saco desse que vos escreve. Detesto andar de moto na chuva, já fiz isso no passado quando, por algum tempo, a moto foi meu único transporte mas hoje nem pensar. Peguei trauma depois de voltar do Paraná numa TDR 180 com uma vela de aniversário que se dizia farol debaixo de um puta aguaceiro. Moto, hoje, só no seco.

Se por um lado essa chuva serviu pro Jarvis ficar hibernando na garagem, por outro deu a oportunidade de começar a usar com mais frequência o novo membro do Velocidade Cotidiana.



Eu já vinha considerando, há um bom tempo, a ideia de ter um carro pequeno, com motor no máximo 1.6, pra substituir meu ex-307 2.0 automático. Carrão, não vou negar, mas já tava ficando pesado manter os gastos com combustível. Com o pé leve fazia, no álcool, 6,5 km/l.
Inicialmente havia focado no 207 pelo custo-benefício, mas antes precisava vender o meu carro. Entre anunciar e concretizar a venda, apareceu esse 208 Allure 2014/2014 com 2412 km rodados e eu acabei abraçando. Preenchia os requisitos básicos que eu procurava e, de quebra, ainda levei central multimídia, teto panorâmico, rodas de liga e faróis de milha. Foi um bom negócio.

Portanto, a partir desta postagem, o blog amplia seu foco de atuação e passa a relatar, também, o dia-a-dia do 208 da mesma forma que faz (ou tenta fazer) com o PCX. Sinta-se convidado a fazer parte dessa nossa nova fase.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Revisão de 1.000 km

Pois bem, conforme dito no outro post, chegou a hora da revisão de 1.000 km.

O Jarvis deu entrada "aos 45 do segundo tempo" (leia-se 17h) na concessionária para a revisão, marcando 997 km. Por uma daquelas sortes que a gente, vez por outra, dá na vida, a oficina estava com pouco movimento, então ficou acertado que ele ficaria pronto no dia seguinte as 14h.
Fato triste foi constatar que o PCX, infelizmente, já caiu no radar da vagabundagem. Ao meu lado enquanto aguardava pra fazer a ordem de serviço, uma moça relatava ao atendente que a roda parecia "raspar" em movimento. Não deu outra: disco empenado, possivelmente por tentativa de roubo. O ladrão deve ter forçado a roda pra estourar a trava, não teve sucesso e deixou a dona da moto com o prejuízo. Ou seja, por mais precaução que a gente tenha (o Jarvis tem seguro e vacina antifurto, além de uma trava Kryptonite) estamos sempre a mercê desses vagabundos.

Conforme combinado, no dia seguinte peguei o Jarvis de volta, com direito a manual carimbado e lavagem gratuita. Porém, passadas duas semanas da revisão ele começou a apresentar uma "mania" de morrer do nada. Você pensa que é o Idling Stop funcionando mas não, o motor apaga sem motivo. Pra cerejar de vez o bolo, ele agora deu pra dar umas "empacadas" na faixa dos 30-40 km/h. Você acelera e sente nitidamente que ele estanca ali e depois de alguns segundos de insistência é que ele deslancha.

Pode ser devido a alguma gasolina de má qualidade resultante de algum abastecimento obscuro. Vou tentar uma solução "caseira": descer um gole desses aditivos de combustível pra ver se o doente melhora. Caso contrário, dê-lhe internação de novo.

Ah, e a ideia do bauleto foi definitivamente descartada. Primeiro porque realmente não preciso de um, o espaço sob o banco é suficiente pro meu uso. Segundo que mesmo que precisasse de um me recuso a furar a carenagem pra fixar o bagageiro. Parece que a Honda resolveu esse problema no renovado modelo 2016. Obrigado, só que não!

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Da falta de "eventividade" e outras histórias

Esses dias o confrade Angelo Jr., companheiro de debates e ideias no Disqus, me perguntou se eu havia parado com o blog. Na verdade o que parou foi a "eventividade" na vida do Jarvis, de tão parada que foi a vida entre a última postagem e essa.

Eis que na semana passada uma série de eventos me fez visitar o cartório local com mais frequência do que nos últimos três anos somados. Sem brincadeira, deve ter ido lá pelo menos uma ou duas vezes ao dia. E dá-lhe o Jarvis a rodar!

Mas, antes, uma paradinha pra alimentar, que saco vazio não para em pé.


Parei no meu posto preferido pra um rápido café. Gosto de postos de gasolina desde pequeno, quando não abriam aos fins de semana por força de lei e lojas de conveniência eram termo de ficção científica no Brasil. Não sei dizer o que realmente me agrada neles, se é o zum-zum-zum da movimentação dos carros, o ambiente, não faço ideia. Só sei que gosto e sempre que possível estou batendo cartão em um.

Um chocolate e uma Fibz pra recarregar. Aprendi a gostar desse refrigerante por conta da minha filha. É leve e não te dá aquela sensação de bola de praia no estômago como a Coca-Cola.
Devidamente alimentado, bora voltar a nossa programação normal. 


Cartório aqui, registra ali, corre pro escritório tal acolá pra levar o papel, volta correndo porque tal termo foi batido de maneira errada e ia dar problema lá na frente, volta tudo de novo, rebobina e segue o jogo... nessa "rodância" toda, o odômetro acusou a "data quilometrar" de 888 km rodados. Segue a foto da efeméride, meio borrada e fora de foco mas só´pra efeito de registro tá "bom demais di bão."


O que me faz lembrar que estamos nos da revisão de 1000 km, felizmente com zero problemas. Talvez aproveite e mande instalar um bauleto nele, mas ainda não defini o tipo e o tamanho. Pra falar a verdade ainda nem defini se preciso mesmo de um bauleto. Não é sempre que anda com garupa, ocasião em que preciso deslocar a roupa de chuva pra uma mochila a fim de acomodar o capacete extra sob o banco. Até lá eu vou pesquisando modelos, marcas e - principalmente - preços até bater o martelo em definitivo.

sábado, 25 de julho de 2015

Raio (PC)X

Já vinha pensando numa postagem assim há tempos, mostrando todos os detalhes visíveis (e alguns nem tanto) do PCX.
Uma tarde no lava-rápido, câmera na mão e voilá!


Reparem na foto que o PCX bebe na fonte do descontinuado (e injustiçado) Yamaha Neo 115 no tocante ao espaço para os pés, que ficam separados em nichos próprios, ao invés da popular plataforma plana usada pelo Burgman 125 e outros. O banco em dois níveis e com apoio para o condutor e a posição do guidão ajudam no conforto, mas o garupa merecia um pouco mais de espuma na região do "pandeiro" e alças melhores para se segurar.



O posto de condução do PCX, com um guidão de tamanho adequado pra escapar dos retrovisores nossos de cada corredor e bom ângulo de esterçamento. Note os contrapesos nas pontas do guidão.



Punho esquerdo. Note que as funções de buzina e seta seguem a tendência de inversão de posições entre si, o que acaba criando um festival de buzinadas involuntárias e setas não dadas em conversões. Parece o lance das tomadas de três pinos: ninguém precisava mas alguém foi lá e resolveu que ia ser assim e pronto.



Punho direito. Em destaque o controle do Idling Stop, o sistema que liga e desliga o motor a cada parada.


O painel de instrumentos, simples porém funcional. Em verde a luz que indica o funcionamento do Idling Stop (acesa quando andando, piscando quando parada). No display digital os dois hodômetros (total e parcial) e o marcador de combustível. Abaixo dele a luz de injeção. Do outro lado a luz de farol alto (abaixo) e a de temperatura (ao lado da Idling Stop). 




Aqui reside um dos meus problemas com o PCX: os retrovisores. Num caso típico de forma é tudo e função que se dane, oferecem um campo de retrovisão pequeno independente do quanto se ajuste. O melhor que consegui foi 60% do meu braço com 40% do veículo que vem atrás. A Honda poderia (aliás, deveria) rever esse quesito.


Grupo ótico dianteiro, inspirado na VFR 1200. Cumpre muito bem seu papel.


Grupo ótico traseiro, com setas embutidas.



Contato de ignição, com shutter key.Ao lado a tecla de função dupla que abre a portinhola do tanque (FUEL) e o banco (SEAT), que só podem ser abertos com a chave na posição opener.


Praticamente um pré-requisito para scooters, o porta-objetos do escudo frontal do PCX oferece espaço para chaves, carteiras e celulares (dependendo do tamanho, claro). Importante ressaltar que ele não tem sistema de travamento com chave, além de ser um pouco "manhoso" para fechar.


E o que seria um scooter sem o porta-objetos sob o banco? Ponto para o PCX nesse quesito, que oferece além da cuba para o capacete uma área a mais para acomodar outros itens. Em branco, o visualizador do líquido de arrefecimento.


O bocal do tanque de 5,9 litros, protegido por portinhola.


Pedaleira do garupa, de fácil extensão e recolhimento.


Finalizando, o descanso lateral e o cavalete central.




Taí, um "raio x" rápido, pra ilustrar algumas características do PCX.
Espero que tenham gostado.

Clube dos 500

Como havia dito na postagem "Marco Zero", já tive outras motos mas o Jarvis é meu primeiro scooter para uso pessoal. Minhas experiências com veículos desse tipo se limitavam, até então, a passeios ocasionais nos que meu pai teve, sendo o máximo de tempo que passei com um foi quando roubaram a última Falcon e fiquei por dois meses com um Suzuki Address 100 até a correia de transmissão romper e eu ficar "pausado" com motos até 2015.

Quase dois meses e 500 km depois, o que posso dizer?

Na verdade o scooter era minha última opção numa lista composta por:
- CB 300 R;
- XTZ 150 Crosser;
- Ténéré 250;
- Bros 160.
- PCX.

A escolha por ele foi um típico caso de "47 do segundo tempo", pode-se dizer literalmente que a decisão se deu dentro do showroom ao ver uma unidade branca e a consciência dizer em alto e bom som:
"Hora de sair do lugar-comum, não acha? Você já se acostumou com o do seu pai, por que não ter um pra chamar de seu?"

E assim foi. Fechei o negócio já sabendo de antemão das qualidades e defeitos, tendo lido todos os testes possíveis e imagináveis feitos com ele desde o lançamento, fossem avaliações individuais ou comparativos.
E hoje posso dizer que ele tem atendido as minhas expectativas, algumas vezes até de forma excepcional. Seja no trânsito urbano, onde ele roda 95% do seu tempo, ou nos deslocamentos entre Santos-Cubatão (onde mora minha namorada, uns 40 km ida e volta) ele cumpre bem seu papel. A equação é clara e simples: respeito as limitações do veículo e exploro ao máximo suas potencialidades.

Nesses 500 km a autonomia tem se mantido na casa dos 160 km rodados com um tanque de 5,9 litros de capacidade. Levando-se em conta que o Jarvis tem que lidar com meu "lastro" de 125 kg (fora eventuais garupas) eu considero uma boa marca.
Optei por abastecer sempre com gasolina Petrobrás Grid, a mesma que meu pai usa no seu Burgman 650. Pago quase R$ 19,00 no abastecimento mas compensa bastante.

Um contratempo relatado por 99,999999% dos donos das primeira unidades do PCX é a suspensão traseira e sua predileção por chegar ao fim do curso em qualquer situação e qualquer piso. Até o momento dessa postagem não notei nada nesse sentido no Jarvis, e confesso que foi uma das coisas que pesei bastante antes de fechar o negócio. Consta que a Honda teria dado cabo do problema nas unidades mais recentes do modelo. De toda forma vou ficar atento a isso.

No fim das contas tenho convicção de ter feito um bom negócio. Evidente que ainda estamos no período que as celebridades definem como "nos conhecendo melhor" mas tenho gostado muito do scooter. E que essa impressão se fortaleça nos próximos relatos conforme os quilômetros foram se acumulando no hodômetro. 

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Marco Zero

No começo desse ano fui assolado por um caminhão de dores de cabeça. Algumas pessoais, outras financeiras causadas por uma série interminável de problemas com meu carro... enfim, foram seis meses para serem devidamente jogados no "arquivo morto" e lá ficarem até um dia depois do fim do mundo.
O fim da picada foi ter sido vítima de um assalto a mão armada em abril onde só não me levaram a roupa do corpo... em compensação levaram todo o resto, um "pacote" que incluía desde o carro (que era da empresa da família, só pra piorar ainda mais o caldo) até as compras que eu e minha namorada fizemos na mesma noite do assalto.

Ou seja, nesse turbilhão de problemas e emoções negativas eu me vi totalmente a pé. E confesso: sou automóvel-dependente. Ou melhor, liberdade-dependente. Gosto de carros, evidente, mas principalmente da liberdade que o carro traz. O livre arbítrio entre ir e vir. Sensação essa que me fazia falta. Por mais que o ônibus e a bicicleta quebrassem um galho não era (ÓBVIO!) a mesma coisa.

Meu pai me emprestou seu scooter, um enorme Suzuki Burgman 650, para que eu fosse do ponto A (doravante denominado "casa") ao ponto B (doravante denominado "emprego") e vice-versa, Já era um grande alívio mas trazia consigo a preocupação inerente de usar algo que não é seu, além de só ter o uso liberado durante a semana. Fiquei nessa tocada por um tempo até juntar uma grana e adquirir meu atual scooter: um Honda PCX 150.



Ando de moto desde 95, ou seja, não sou nenhum neófito na arte das duas rodas. Tive um XR 200 e duas Falcon, sendo que a última fora roubada em 2008 (já deu pra notar um padrão aí?). Foram sete anos longe de qualquer coisa com duas rodas e um motor mas em junho deste ano acabei com o jejum.

E é justamente essa a razão deste blog.

A ideia inicial era fazer do VELOCIDADE COTIDIANA um blog de jornalismo automotivo, apresentando avaliações baseadas no uso puramente cotidiano de carros e motos. Sem velocidades máximas, 0-100, etc., coisas que o consumidor comum não se interessa e nem quer saber. Ou alguém realmente acha que uma mãe da família com dois filhos de 4 e 7 anos quer mesmo saber se o carro dela faz 0-100 km/h em 10 segundos?
Era essa a ideia do blog mas, infelizmente, prospectamos por dois meses seguidos e sequer conseguimos uma resposta. Até a montadora que minha família representa  me deixou no vácuo total. Nem tudo foi decepção, entretanto: duas pessoas extremamente bacanas nos estenderam as mãos nesse período que tentávamos fazer a coisa decolar, nossos "santos padroeiros" que merecerão um post mais a frente.

Agora o espaço renasce com outra finalidade: relatar o dia-a-dia, as alegrias e tristezas (que, espero, sejam poucas) de ter um scooter como veículo 99% principal.
Então, bora lá, que o caminho é longo e o percurso é prazeroso!

Leonardo Mendes
MTB 42.273