domingo, 20 de março de 2016

A polêmica do Idling Stop

Uma das novidades do PCX 150 é o sistema Idling Stop, que desliga o motor depois de 3 segundos parado. Basta girar o acelerador e o motor volta a funcionar depois desta parada.

A luz indicativa do Idling Stop em funcionamento. Quando o sistema é ativado ela pisca de forma intermitente até o reativamento do motor.


Pois bem, esse sistema é alvo de muita polêmica entre os donos do scooter. Uma rápida consulta ao tópico destinado ao sistema no PCX Clube mostrou que muitos donos acabam deixando o Idling desligado, seja por medo da bateria não receber carga suficiente devido as paradas do motor ou por não verem tanta vantagem no sistema em termos de economia de combustível.

É justamente no segundo caso que me enquadro. Francamente, nunca vi essa vantagem toda no sistema, tanto que o desativei no segundo mês de uso do Jarvis e não liguei mais. Porém, por um tremendo dum acaso, acionei o sistema totalmente sem querer um dia desses e só percebi quando o motor apagou num semáforo e vi a luz piscando no painel.

No mesmo dia li o tópico no PCX Clube e resolvi deixar o sistema ligado pra fazer uma experiência relativa ao consunmo de combustível. Considerando que meu percurso diário envolve um trecho de 8,4 km (4 km casa-loja, 4,4 km no sentido oposto) e QUARENTA E SEIS semáforos (22 na ida, 24 na volta, fora os 4 radares, dois em cada sentido), creio que vai ser uma experiência válida pra sentir - ou não - a eficiência do Idling Stop.


Enquanto isso, segue a vida diária do scooter mais descolado e simpático de Santos, cada vez mais assumindo o posto de veículo principal devido a dois fatores: a praticidade que proporciona e a bondade de São Pedro, que resolveu fechar as torneiras lá em cima, para alegria deste que vos escreve.


Nessa última semana o Jarvis fez de tudo um pouco. Carregou desde impressora até galão d'agua sob o banco. O que trouxe a tona o velho questionamento: colocar bauleto ou não? Pois muitas vezes o espaço sob o banco, apesar de bem bolado pela Honda, me obriga a tirar algo (geralmente minha roupa de chuva) e prender na parte de trás do banco com uma "aranha" elástica, bem prática de usar mas cujos ganchos acabam raspando na carenagem com o movimento.

Bom, ainda tenho 510 km até a revisão pra pensar nisso com mais calma. 
Então, sigamos rodando!




Abraços cotidianos!








terça-feira, 15 de março de 2016

Nunca diga nunca!

Eu disse, na postagem que apresentava o 208, que nunca mais pegaria chuva na vida andando de moto, a não ser que fosse pego de surpresa.
São Pedro deve ler o blog, porque olha só...



No fim acabou sendo uma experiência não tão ruim assim voltar a andar de moto na chuva, apesar do trânsito ficar mais lerdo e complicado. Aliás, é engraçado como o santista dirige mal pra caramba quando chove (na verdade dirige pior do que quando o tempo está seco)... coisas como setas e retrovisores estão em acelerado processo de extinção por aqui.

E falando em retrovisores...



Incrível como esses do PCX são ruins, sob sol ou sob chuva. Pequenos, difíceis de ajustar... fico pensando se quem desenhou esses espelhos tava de mal com a esposa ou com a Honda. Porque, olha...nem espelho de dentista consegue ser tão ruim assim. Um dia desses me estresso e invento uma adaptação com os retrovisores da Falcon.

"Tava chovendo lá fora, Jarvis?"
"Não torra, 208!
"Hehehehehehe"

E assim a vida segue.

ABRAÇOS COTIDIANOS!






sábado, 5 de março de 2016

I love the night life

"São as Águas de março
Fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração..."

Nunca a célebre música de Tom Jobim fez tanto sentido pra mim como nesse começo de 2016. Março já começou daquele jeito, o calorão senegalês de fevereiro deu lugar a dias chuvosos e, de quebra, trouxe uma temperatura mais amena durante a noite.

Por coincidência, passei a usar o Jarvis com mais frequência nesse período. Nada de excepcional, apenas percursos curtos para coisas triviais (mercado, farmácia, etc.) ou uma "esticada" pra relaxar, curtir um pouco da brisa noturna e esfriar um pouco a cabeça das atribulações do dia-a-dia.

E assim chegamos aos "quatro patinhos" no hodômetro.


Num desses deslocamentos precisei usar o espaço sob o banco pra acomodar umas compras. Ao levantar o banco já senti uma "dança" esquisita. Meti a lanterna do celular e descobri uma folga no eixo que une as duas partes da dobradiça que permite a movimentação do assento.



O que realmente causou isso, não sei. Afrouxamento do eixo, trepidação, meu peso, excesso de coisas no porta-capacete obrigando a forçar um pouco pra fechar. São vários fatores e nenhuma conclusão. A folga só aparece com ele aberto (o banco fica "dançando" de um lado pro outro), menos mal. De toda forma, watch out!

Ah, e lembram da Saga do Líquido de Arrefecimento? Pois é, olha como está o reservatório agora.


Como podem ver na foto, o líquido está pela metade. O conteúdo foi reposto pela primeira vez três meses após a compra no começo de dezembro, aos 1371 km. 850 km foram rodados desde então nos mesmos três meses, então parece ser o consumo-padrão desse líquido no PCX 150. De toda forma, este item e o banco vão pra planilha de "atenção!" da revisão de 3000 km.

Enquanto esse momento não chega, vamos rodar! Sozinho ou em boa companhia...



Abraços cotidianos!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Missão: Supermercado

A vida de um scooter cujo dono tem uma filha de 12 anos acometida de virose não é fácil...


E ainda teve espaço pra um saco de biscoitos de polvilho e mais duas garrafas de Gatorade.


Consumo

Uma das diretrizes que enumerei na hora de trocar o 307 era a economia de combustível, afinal o motor 2.0 atrelado ao câmbio automático era um bebedor inveterado. Perto dele o Zeca Pagodinho é praticamente um abstêmio vivendo de água com gás.

Minha primeira experiência com motores flex foi em 2005, quando comprei uma 206 SW Presence 1.6.



Rara não só pelo modelo (a Peugeot tirou a opção desse motor dos modelos Presence logo depois, ficando restrito só as Feline) como pela cor (Azul de Chine), o carro começou a vida rodando apenas com álcool e a autonomia era pequena, quase ínfima, com direito a gastar um tanque num só dia rodando 250 km. Passei pra gasolina e cheguei a emplacar um recorde pessoal de 611 km com um tanque, média de 110 km/h e ainda tinha 1/4 de tanque ao abastecer na saída de Curitiba.

Um posto perto do meu antigo serviço oferecia álcool a R$ 1,97. I$$o me conven$$eu a usar no 208 e o resultado final foi esse:


Por incrível que pareça, era o mesmo que o 307 fazia rodando com o mesmo combustível e um pouco mais da autonomia da 206 SW. No fim da contas, a única vantagem, o preço (R$ 1,97/litro), perdia o sentido com a rapidez que o tanque esvaziava.

Encerrada a experiência com o álcool, parti pra gasolina, abastecendo num posto do Extra daqui. Desta vez o percurso mesclou um pouco de estrada e a média subiu "um tiquinho":


E ainda tenho 3/4 de tanque disponíveis... 

Prova que nem sempre o fato do combustível mais barato queria dizer que é a melhor opção. Antes de tudo é preciso considerar a frequência com que se vai ao posto. Não adianta nada gastar, por exemplo, R$ 1,97 no álcool se você vai tanto ao posto que acaba aprendendo a manejar as bombas só de olhar...




quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

20006666

Não, esse não é um código binário ou a senha do servidor da OTAN.
É apenas a combinação das quilometragens do PCX e do 208.





O PCX chegou a essa quilometragem sem nada a reclamar. O consumo voltou pros patamares do começo, autonomia sempre se mantendo na casa dos 158/161 km. Alterei a calibragem dos pneus traseiros pro máximo recomendado com garupa pela fábrica e o comportamento mudou como um todo. O scooter anda mais firme no chão e a traseira não fica mais tão "boba" como antes. A sensibilidade nas imperfeições do terreno (sorria, você está no Brasil!) ficou maior mas, no geral, acaba não comprometendo o uso.
O problema com o líquido de arrefecimento não apareceu mais. Tenho checado todo dia antes da primeira partida e o nível desceu muito pouco desde que foi completado, quase nada. De toda forma vou pedir uma checagem na revisão de 3000 km.


Quem pegou no batente esse fim de semana foi mesmo o 208.


Tanto eu como minha namorada temos filhos e, numa prova que o universo conspira a favor de casais bonitos e simpáticos (chupa, Brad e Angelina), os fins de semana sem os respectivos é o mesmo para ambos, ou seja, a cada 15 dias temos três só pra nós.
Nesse em especial surgiu a necessidade de levar uma partida de tijolos pra casa da mãe dela. Enchemos o porta-malas com mais de 50 tijolos (a lotação ainda não estava completa quando tirei a foto) e lá foi o Herbie trabalhar. Vai pensando que a vida dele é só garagem de frente pro mar, gasolina e pão-de-ló. Trabalho enobrece o homem... e o carro.
Antes de usar o porta-malas removi o forro pra revestir com um lençol velho. Vejam as imagens e tirem suas próprias conclusões.



Eu estou longe de ser um reclamão de carteirinha mas ver isso num carro que custa pra mais de R$ 50.000,00 é de amargar. Não sei o que é mais vagabundo, o compensado de arquibancada de vôlei de praia ou o tecido que o reveste. Vou nem falar da cola pra não ficar chato, isso num carro que ainda vai completar 2 anos de uso.

Tijolos entregues, muito sol (42 graus), pintou a ideia de ir a praia, logo descartada porque além dela passar mal com o calor não tínhamos o kit dignidade praiana (cadeira, guarda-sol, etc.). Ficamos em casa mesmo e encerramos o dia com uma deliciosa pizza.




E assim segue a vida da frota do Velocidade Cotidiana. Tirando um rangido chato no pedal de embreagem do carro (que estou relutando em mexer por causa da garantia), ambos estão num ótimo momento e vendendo saúde.







terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Percepções

Nesse tempo que rodo com o Jarvis tenho notado que as pessoas que vem perguntar sobre ele de um modo geral repetem sempre a mesma coisa:

"É só subir em cima, acelerar e mais nada, né?"

Esse tipo de percepção equivocada é que leva muita gente a comprar um scooter (ou "motinha", como gostam de falar) achando que se livrou do câmbio e virou piloto de uma hora pra outra, quando o buraco é bem mais embaixo.

Um scooter, antes de mais nada, é um veiculo motorizado de duas rodas como qualquer outro. O fato de não ter um câmbio como o das motos não significa que ele vai ser mais fácil de pilotar que a CG do seu primo. Não. Há outros fatores nessa equação: peso, potência do motor, tamanho, etc. Um novato que vai pra cima de um scooter pensando que é só torcer o cabo vai tomar um cagaço monumental quando o mesmo sair disparado na arrancada, coisa que mesmo os pequenos tem de sobra. O erro é pensar que um veículo se resumo só a acelerar e se esquecer das freadas, mudanças de faixa, curvas...

Portanto, se você está pensando num scooter apenas porque não tem marcha, melhor repensar seus conceitos. A experiência pode ser bem desagradável.