Nesse tempo que rodo com o Jarvis tenho notado que as pessoas que vem perguntar sobre ele de um modo geral repetem sempre a mesma coisa:
"É só subir em cima, acelerar e mais nada, né?"
Esse tipo de percepção equivocada é que leva muita gente a comprar um scooter (ou "motinha", como gostam de falar) achando que se livrou do câmbio e virou piloto de uma hora pra outra, quando o buraco é bem mais embaixo.
Um scooter, antes de mais nada, é um veiculo motorizado de duas rodas como qualquer outro. O fato de não ter um câmbio como o das motos não significa que ele vai ser mais fácil de pilotar que a CG do seu primo. Não. Há outros fatores nessa equação: peso, potência do motor, tamanho, etc. Um novato que vai pra cima de um scooter pensando que é só torcer o cabo vai tomar um cagaço monumental quando o mesmo sair disparado na arrancada, coisa que mesmo os pequenos tem de sobra. O erro é pensar que um veículo se resumo só a acelerar e se esquecer das freadas, mudanças de faixa, curvas...
Portanto, se você está pensando num scooter apenas porque não tem marcha, melhor repensar seus conceitos. A experiência pode ser bem desagradável.
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Difícil acesso
Esses dias eu tive que resolver um problema de rouquidão na buzina do Herbie.
Essa não é a original, é uma estilo "paquerinha" que instalei assim que comprei o carro. Gosto do som que elas fazem e a buzina original do 208 não me agrada em nada, parece um carro de sorvete.
Pois bem, a dita cuja apresentou um severo caso de rouquidão e lá fui eu apelar pra uma solução caseira, ou seja, passar um lubrificante spray no corpo da mesma pra reverter o quadro.
Olhando assim pela foto não dá pra imaginar o tamanho do enrosco que é ter acesso a essa buzina. Simplesmente ela fica quase perto do parachoque, encostada nas tubulações do ar condicionado. O acesso é horrível, mal dá pra colocar a mão lá.
Bate cabeça daqui e dali, até que atentei pra um detalhe que havia passado chutado no meio do calvário.
O 208 - como a maioria dos carros modernos - tem pontos de fixação para o encaixe de uma peça específica pra casos de reboque por corda, cabo, etc. Tirei a tampa e resolvi experimentar se tinha acesso por ali. O resultado?
Deu certinho, só precisei abaixar um pouco o tubo de spray (em vermelho) e problema resolvido.
Adeus, rouquidão de buzina.
Essa não é a original, é uma estilo "paquerinha" que instalei assim que comprei o carro. Gosto do som que elas fazem e a buzina original do 208 não me agrada em nada, parece um carro de sorvete.
Pois bem, a dita cuja apresentou um severo caso de rouquidão e lá fui eu apelar pra uma solução caseira, ou seja, passar um lubrificante spray no corpo da mesma pra reverter o quadro.
Olhando assim pela foto não dá pra imaginar o tamanho do enrosco que é ter acesso a essa buzina. Simplesmente ela fica quase perto do parachoque, encostada nas tubulações do ar condicionado. O acesso é horrível, mal dá pra colocar a mão lá.
Bate cabeça daqui e dali, até que atentei pra um detalhe que havia passado chutado no meio do calvário.
O 208 - como a maioria dos carros modernos - tem pontos de fixação para o encaixe de uma peça específica pra casos de reboque por corda, cabo, etc. Tirei a tampa e resolvi experimentar se tinha acesso por ali. O resultado?
Deu certinho, só precisei abaixar um pouco o tubo de spray (em vermelho) e problema resolvido.
Adeus, rouquidão de buzina.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Cantareira, é você?
Agora que São Pedro resolveu dar uma trégua é hora de voltar a rodar com o Jarvis. E a imobilidade lhe custou uma grossa camada de poeira, algo relativamente fácil de se obter quando se mora defronte a praia (sem contar a maresia).
De cara o Jarvis já foi escalado pra ir até Cubatão levar minha namorada até a casa da mãe. Até aí nada de mais. O susto foi na hora de colocar o capacete dela de volta sob o banco:
Apresento-lhes o reservatório do líquido de arrefecimento. Sim, quase que totalmente seco. Na hora me bateu o desespero, teria que rodar 20 km de volta pra Santos com esse "fim de feira" que aparece na foto.
Vim conduzindo o Jarvis como uma pluma, morrendo de medo de acontecer algo mais grave. O pior que na volta ainda tive de enfrentar o trânsito congestionado (e uma pancada de chuva) por causa de uma manifestação de estudantes. Felizmente, tudo correu bem. Alguém lá em cima gosta de mim e do Jarvis.
A primeira coisa que me veio a cabeça foi vazamento. Não me entrava na cabeça que um scooter de 1371 km rodados pudesse beber o líquido de arrefecimento mais rápido que eu bebo uma Germania 55. Uma pesquisa na internet e apareceu uma possibilidade: vazamentos. Choveram links de donos de PCX 150 reclamando disso, gente com 500 km rodados e o reservatório mais seco que o Cantareira.
Bora procurar o bendito líquido. Na Sanmell, onde comprei o Jarvis, o frasco de 1 litro (medida única) custava R$ 43,00 mas não tinha em estoque. Fui até a Santos Moto Center, achei o bendito frasco mas com um preço BEM mais salgado: R$ 61,00. Fazer o que, né?
Aproveitei e comprei um mimo pro Jarvis que vai render outro assunto mais adiante, nessa mesma postagem.
Fluido em mãos, vamos ao que interessa. Interessa que pra um scooter cujo preço bate na casa dos R$ 10.000,00 o reservatório deixa muito a desejar. Não pela aparência mas pela tampinha safada de encaixe, coisa de porta-sabão de rodoviária, bem vagabunda mesmo:
Não vou nem mencionar (mentira, vou sim!) a "facilidade" que é pra completar o fluido num reservatório cujo bocal fica quase enterrado no nicho e a tampinha pendurada atrapalhando... uma imagem vale mais que mil palavras digitadas:
Enfim, obstáculos superados, alguns mililitros desperdiçados tentando encaixar o "beijo" das duas "bocas" e enfim o fluido foi completado. Na Santos Moto Center me indicaram não completar o nível até o máximo, visto que o fluido ferve a expande, e verificar o nível toda semana. Até agora, passadas duas semanas do fato, o scooter vem se comportando bem nesse quesito. Continuaremos de olho.
-*-*-
Lembra do mimo que falei mais acima? Aqui está ele - ou melhor, ela:
Não, não é um sabre de luz. É uma antena corta-fio da Jojafer, marca que eu já usava nas minhas outras motos. Minha namorada já havia cantado a letra: com o verão, além da temperatura, aumenta também o número de inconsequentes que mete cerol nas linhas de pipa. Os mais "sofisticados" já apelam logo pra limalha de ferro. Dá vontade de pegar uma besta dessas e passar o cerol (ou a limalha) naquela cavidade onde o sol não bate, com pipa e tudo. Quero ver eles "aparando a rabiola" depois.
Aí começou o segundo perrengue do fim de semana...
O retrovisor do PCX é preso pelo sistema porca-contraporca. E não houve Cristo que fizesse o "casamento" dessas duas ser anulado. Tentei de tudo um pouco e nada. Conclusão? Ao colocar a antena a rosca chegava ao fim do curso antes do desejado... mais ou menos assim:
Legal, né?
Bom, isso foi numa quarta-feira e eu já havia desistido. Tava quase levando na concessionária onde comprei a antena pra eles instalarem mas resolvi dar mais uma chance a mim mesmo. Era a minha honra que estava em jogo!
Bate cabeça daqui, faz força dali e nada. Foi aí que me lembrei disto aqui:
Um jogo de arruelas que ganhei de brinde há uns dois anos atrás, quando comprei minha furadeira. Fucei as gavetas até achar e corri pra garagem.
Abri o pacote, experimentei uma e, confesso, fiquei impressionado como couberam certinho. Sério, parecia que tinham sido feitas pelo mesmo fabricante e já com essa função em mente. As fotos tão aí pra comprovar:
Experimentei com uma e ficou quase bom, não dava aperto suficiente. Coloquei mais uma por baixo e, aí sim, a conta fechou. Agora o Jarvis é um scooter antenado!
De cara o Jarvis já foi escalado pra ir até Cubatão levar minha namorada até a casa da mãe. Até aí nada de mais. O susto foi na hora de colocar o capacete dela de volta sob o banco:
Apresento-lhes o reservatório do líquido de arrefecimento. Sim, quase que totalmente seco. Na hora me bateu o desespero, teria que rodar 20 km de volta pra Santos com esse "fim de feira" que aparece na foto.
Vim conduzindo o Jarvis como uma pluma, morrendo de medo de acontecer algo mais grave. O pior que na volta ainda tive de enfrentar o trânsito congestionado (e uma pancada de chuva) por causa de uma manifestação de estudantes. Felizmente, tudo correu bem. Alguém lá em cima gosta de mim e do Jarvis.
A primeira coisa que me veio a cabeça foi vazamento. Não me entrava na cabeça que um scooter de 1371 km rodados pudesse beber o líquido de arrefecimento mais rápido que eu bebo uma Germania 55. Uma pesquisa na internet e apareceu uma possibilidade: vazamentos. Choveram links de donos de PCX 150 reclamando disso, gente com 500 km rodados e o reservatório mais seco que o Cantareira.
Bora procurar o bendito líquido. Na Sanmell, onde comprei o Jarvis, o frasco de 1 litro (medida única) custava R$ 43,00 mas não tinha em estoque. Fui até a Santos Moto Center, achei o bendito frasco mas com um preço BEM mais salgado: R$ 61,00. Fazer o que, né?
Aproveitei e comprei um mimo pro Jarvis que vai render outro assunto mais adiante, nessa mesma postagem.
Fluido em mãos, vamos ao que interessa. Interessa que pra um scooter cujo preço bate na casa dos R$ 10.000,00 o reservatório deixa muito a desejar. Não pela aparência mas pela tampinha safada de encaixe, coisa de porta-sabão de rodoviária, bem vagabunda mesmo:
Enfim, obstáculos superados, alguns mililitros desperdiçados tentando encaixar o "beijo" das duas "bocas" e enfim o fluido foi completado. Na Santos Moto Center me indicaram não completar o nível até o máximo, visto que o fluido ferve a expande, e verificar o nível toda semana. Até agora, passadas duas semanas do fato, o scooter vem se comportando bem nesse quesito. Continuaremos de olho.
-*-*-
Lembra do mimo que falei mais acima? Aqui está ele - ou melhor, ela:
Não, não é um sabre de luz. É uma antena corta-fio da Jojafer, marca que eu já usava nas minhas outras motos. Minha namorada já havia cantado a letra: com o verão, além da temperatura, aumenta também o número de inconsequentes que mete cerol nas linhas de pipa. Os mais "sofisticados" já apelam logo pra limalha de ferro. Dá vontade de pegar uma besta dessas e passar o cerol (ou a limalha) naquela cavidade onde o sol não bate, com pipa e tudo. Quero ver eles "aparando a rabiola" depois.
Aí começou o segundo perrengue do fim de semana...
O retrovisor do PCX é preso pelo sistema porca-contraporca. E não houve Cristo que fizesse o "casamento" dessas duas ser anulado. Tentei de tudo um pouco e nada. Conclusão? Ao colocar a antena a rosca chegava ao fim do curso antes do desejado... mais ou menos assim:
Legal, né?
Bom, isso foi numa quarta-feira e eu já havia desistido. Tava quase levando na concessionária onde comprei a antena pra eles instalarem mas resolvi dar mais uma chance a mim mesmo. Era a minha honra que estava em jogo!
Bate cabeça daqui, faz força dali e nada. Foi aí que me lembrei disto aqui:
Um jogo de arruelas que ganhei de brinde há uns dois anos atrás, quando comprei minha furadeira. Fucei as gavetas até achar e corri pra garagem.
Abri o pacote, experimentei uma e, confesso, fiquei impressionado como couberam certinho. Sério, parecia que tinham sido feitas pelo mesmo fabricante e já com essa função em mente. As fotos tão aí pra comprovar:
A felicidade pelo RTI (Recurso Técnico Improvisado) foi tamanha que saí cantando a musiquinha do MacGyver na garagem. Minha filha, que estava junto, começou a dançar e o porteiro olhando pra gente com cara de "onde foi mesmo que eu coloquei o telefone do hospício, meu Deus?"...
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
O Ébrio
No último mês o Jarvis rodou até que pouco... São Pedro caprichou na chuva e, como já disse na última postagem, só ando de moto na chuva se não tiver escolha (tipo, ser pego no meio do caminho por ela), podendo optar ele fica na garagem mesmo.
Mesmo rodando pouco (estimo uma média de uns 100 km) o consumo deu uma aumentada significativa. A calculadora não mente: 28 km/litro, bem abaixo dos 32 que registrava no começo.
Providências já foram tomadas: calibragem correta (aliás, estou usando a receita que comentei na postagem anterior) e um tanque de gasolina Podium. Agora é rodar e aguardar os próximos capítulos.
Mesmo rodando pouco (estimo uma média de uns 100 km) o consumo deu uma aumentada significativa. A calculadora não mente: 28 km/litro, bem abaixo dos 32 que registrava no começo.
Providências já foram tomadas: calibragem correta (aliás, estou usando a receita que comentei na postagem anterior) e um tanque de gasolina Podium. Agora é rodar e aguardar os próximos capítulos.
segunda-feira, 16 de novembro de 2015
Calibragem
Uma questão que sempre dei atenção e muita gente neglicencia é pneus... quanto mais bem calibrados, melhor.
Em todas as motos que tive sempre segui as instruções de calibragem do fabricante, sem exceção. Não curto essa papo de "coloca tantas libras a menos pra não pular tanto na buraqueira." O veículo vai pular de qualquer jeito, independente da calibragem, então isso é papo furado. Coloca o valor certo e pronto!
Porém, no Jarvis, eu ando pensando em "burlar" essa fórmula. Explico...
O manual diz que os pneus do PCX devem seguir a seguinte calibragem: 29 psi no dianteiro, 33 psi no traseiro só com o piloto. Com passageiro, 36 psi. Aí que mora o problema: eu, sozinho, peso quase 140 kg. Como a capacidade de carga do PCX é de 180 kg, isso significa que eu respondo por quase, digamos, 70% desse limite. Ou seja, eu sou praticamente dois em cima dele.
Resolvi, então, fazer uma experiência essa semana: colocar os 36 psi no pneu traseiro e ver o resultado. Dada a questão do peso que comentei mais acima, pode acabar sendo a opção mais correta até eu criar vergonha, atravessar a rua (literalmente falando) e me matricular na academia.
sábado, 14 de novembro de 2015
Parafusos anti-vagabundo
Chegaram hoje.
Kit de parafusos anti-furto McGard pra rodas e estepe, paguei R$ 350,00 com frete incluso. Em 48 horas chegaram aqui em casa.
O preço pode até parecer um pouco salgado, mas do jeito que andam roubando rodas aqui em Santos é um custo que compensa bastante, melhor que chegar e achar o carro montado sobre cavaletes. Ainda mais que já tive um estepe roubado no 307, então não dá pra facilitar.
A vida depois dos 1000 km e o novo integrante do Velocidade Cotidiana
A vida do Jarvis andou meio parada depois da revisão dos 1000 km. Não por causa de algum defeito, nada disso (embora a falhadinha que citei no post anterior ainda dê as caras de vez em toda hora).
Quem deixou o Jarvis de castigo foi o clima.
São Pedro fixou a meta: vai chover, sim, e se reclamar vai chover mais. Duas semaninhas consecutivas de chuva só pra encher o saco desse que vos escreve. Detesto andar de moto na chuva, já fiz isso no passado quando, por algum tempo, a moto foi meu único transporte mas hoje nem pensar. Peguei trauma depois de voltar do Paraná numa TDR 180 com uma vela de aniversário que se dizia farol debaixo de um puta aguaceiro. Moto, hoje, só no seco.
Se por um lado essa chuva serviu pro Jarvis ficar hibernando na garagem, por outro deu a oportunidade de começar a usar com mais frequência o novo membro do Velocidade Cotidiana.
Quem deixou o Jarvis de castigo foi o clima.
São Pedro fixou a meta: vai chover, sim, e se reclamar vai chover mais. Duas semaninhas consecutivas de chuva só pra encher o saco desse que vos escreve. Detesto andar de moto na chuva, já fiz isso no passado quando, por algum tempo, a moto foi meu único transporte mas hoje nem pensar. Peguei trauma depois de voltar do Paraná numa TDR 180 com uma vela de aniversário que se dizia farol debaixo de um puta aguaceiro. Moto, hoje, só no seco.
Se por um lado essa chuva serviu pro Jarvis ficar hibernando na garagem, por outro deu a oportunidade de começar a usar com mais frequência o novo membro do Velocidade Cotidiana.
Eu já vinha considerando, há um bom tempo, a ideia de ter um carro pequeno, com motor no máximo 1.6, pra substituir meu ex-307 2.0 automático. Carrão, não vou negar, mas já tava ficando pesado manter os gastos com combustível. Com o pé leve fazia, no álcool, 6,5 km/l.
Inicialmente havia focado no 207 pelo custo-benefício, mas antes precisava vender o meu carro. Entre anunciar e concretizar a venda, apareceu esse 208 Allure 2014/2014 com 2412 km rodados e eu acabei abraçando. Preenchia os requisitos básicos que eu procurava e, de quebra, ainda levei central multimídia, teto panorâmico, rodas de liga e faróis de milha. Foi um bom negócio.
Portanto, a partir desta postagem, o blog amplia seu foco de atuação e passa a relatar, também, o dia-a-dia do 208 da mesma forma que faz (ou tenta fazer) com o PCX. Sinta-se convidado a fazer parte dessa nossa nova fase.
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