sexta-feira, 24 de julho de 2015

Marco Zero

No começo desse ano fui assolado por um caminhão de dores de cabeça. Algumas pessoais, outras financeiras causadas por uma série interminável de problemas com meu carro... enfim, foram seis meses para serem devidamente jogados no "arquivo morto" e lá ficarem até um dia depois do fim do mundo.
O fim da picada foi ter sido vítima de um assalto a mão armada em abril onde só não me levaram a roupa do corpo... em compensação levaram todo o resto, um "pacote" que incluía desde o carro (que era da empresa da família, só pra piorar ainda mais o caldo) até as compras que eu e minha namorada fizemos na mesma noite do assalto.

Ou seja, nesse turbilhão de problemas e emoções negativas eu me vi totalmente a pé. E confesso: sou automóvel-dependente. Ou melhor, liberdade-dependente. Gosto de carros, evidente, mas principalmente da liberdade que o carro traz. O livre arbítrio entre ir e vir. Sensação essa que me fazia falta. Por mais que o ônibus e a bicicleta quebrassem um galho não era (ÓBVIO!) a mesma coisa.

Meu pai me emprestou seu scooter, um enorme Suzuki Burgman 650, para que eu fosse do ponto A (doravante denominado "casa") ao ponto B (doravante denominado "emprego") e vice-versa, Já era um grande alívio mas trazia consigo a preocupação inerente de usar algo que não é seu, além de só ter o uso liberado durante a semana. Fiquei nessa tocada por um tempo até juntar uma grana e adquirir meu atual scooter: um Honda PCX 150.



Ando de moto desde 95, ou seja, não sou nenhum neófito na arte das duas rodas. Tive um XR 200 e duas Falcon, sendo que a última fora roubada em 2008 (já deu pra notar um padrão aí?). Foram sete anos longe de qualquer coisa com duas rodas e um motor mas em junho deste ano acabei com o jejum.

E é justamente essa a razão deste blog.

A ideia inicial era fazer do VELOCIDADE COTIDIANA um blog de jornalismo automotivo, apresentando avaliações baseadas no uso puramente cotidiano de carros e motos. Sem velocidades máximas, 0-100, etc., coisas que o consumidor comum não se interessa e nem quer saber. Ou alguém realmente acha que uma mãe da família com dois filhos de 4 e 7 anos quer mesmo saber se o carro dela faz 0-100 km/h em 10 segundos?
Era essa a ideia do blog mas, infelizmente, prospectamos por dois meses seguidos e sequer conseguimos uma resposta. Até a montadora que minha família representa  me deixou no vácuo total. Nem tudo foi decepção, entretanto: duas pessoas extremamente bacanas nos estenderam as mãos nesse período que tentávamos fazer a coisa decolar, nossos "santos padroeiros" que merecerão um post mais a frente.

Agora o espaço renasce com outra finalidade: relatar o dia-a-dia, as alegrias e tristezas (que, espero, sejam poucas) de ter um scooter como veículo 99% principal.
Então, bora lá, que o caminho é longo e o percurso é prazeroso!

Leonardo Mendes
MTB 42.273

Nenhum comentário:

Postar um comentário